Atualização sobre a desapropriação em Alcântara: sessão pode ser anulada e críticas ao prefeito aumentam

Na manhã da última terça-feira (9), tratores destruíram a plantação no terreno do pai do ex-vereador Guterres, no bairro Caravelas, iniciando as obras do Centro Esportivo Comunitário. A ação gerou revolta popular e reacendeu denúncias de perseguição política, enquanto o pai do ex-vereador, em junho, gravou um vídeo afirmando que nunca teve interesse em vender o terreno, mesmo diante de propostas de compra da Prefeitura.

A Prefeitura de Alcântara se manifestou divulgando atas de reuniões e decretos, alegando que notificou o proprietário e seguiu os trâmites legais antes de ingressar na Justiça. No entanto, a versão apresentada não convenceu a população, que acusa o prefeito de agir de forma autoritária e de não buscar um acordo justo para evitar o conflito.

Documentos obtidos pelo portal SLZMA mostram que a sessão extraordinária de 1º de julho, que autorizou a desapropriação, pode ter irregularidades graves. O voto remoto do vereador Marivaldo não tinha autorização regimental, e o presidente Nilson não poderia votar em circunstâncias normais, o que coloca em dúvida o quórum necessário para aprovar o projeto.

Vereadores que votaram a favor 

Juristas ouvidos pela reportagem apontam que, sem esses votos, a desapropriação não teria atingido a maioria absoluta exigida. Com isso, a Justiça pode ter sido induzida ao erro ao autorizar a posse em favor da Prefeitura, o que abre caminho para anulação da sessão e suspensão das obras.

Os vereadores David Alcântara, Nathalia Biné, César de Mocajutuba e Mário reforçaram sua posição contrária à desapropriação e cobram revisão imediata do processo. A pressão contra o prefeito cresce, e críticos alertam que insistir na obra sem resolver as falhas jurídicas pode aprofundar a crise política em Alcântara.

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